24 novembro 2005

Viagem


Mais uma viagem. Desta vez fui a Cambará.

Nenhuma grande aventura, nenhum grande evento, apenas uma viagem...
A ida, a volta, os traslados, o trabalho, o dia a dia, hotel, almoço, jantar. A saudade de quem fica, o cansaço de quem vai, a expectativa de quem aguarda. Fui e voltei, nada de mais, apenas a vontade de voltar, ou a vontade de ficar...

Queria muito ficar aqui, não ir, fugir. Eu e minha noiva estamos tão bem que nem dá vontade de separar. Dá vontade de ficar juntinho, agarradinho pra sempre. Dá medo até de fechar os olhos e não encontrá-la quando abrir. Ah, como isto é bom! Como é bom ficar de bem. E tudo isso se deve ao esforço dela em se manter bem! Ela é nota mil!

Bem, mas estou aqui pra falar da viagem. Viagem boa, tranqüila, sem complicações. Bem, sem complicações mais ou menos...
Peguei o ônibus aqui em Uberlândia às 15:00. Deveria ser às 14:30 mas tudo bem, considerando que o busão vinha de Palmas-TO. Fui sozinho na poltrona, o ônibus estava vazio e era bastante confortável. Como eu disse, viagem tranqüila. Paramos para jantar em São José do Rio Preto às 19:00 e cheguei a Santo Antônio da Platina às 00:00.

Bem, dizer que eu cheguei em Sto Antônio da Platina é bondade. Fui "largado" num posto a cerca de 15km da cidade. O ônibus não entra na cidade. Liguei pra um taxista e fui pro hotel. Quarto 107, cama de casal só pra mim e TV com canais locais. Nada de TV a cabo ou satélite. Tudo bem, já não me importo tanto. Não tinha frigobar, pedi uma garrafa d'água que ficou esquentando a noite toda. Não tinha ar condicionado. Tudo bem, Sto Antônio é no Paraná, mas tava um calor da gota! Tive que me contentar com o ventiladorzinho de 30cm de diâmetro, mas tava tudo legal.

O combinado era ir para Cambará dar um curso de CEP no dia seguinte (22/11 - Terça). Acordei às 07:00 para aguardar o pessoal da Sanepar que ia me apanhar às 08:00. Eles chegaram lá às 08:30 (eu poderia ter dormido mais meia hora!). Fechada a conta no hotel Kanôa (sic) fui a Cambará.

Tudo bem no curso. Bem, quase tudo bem. O curso foi na sala do gerente local. Sete pessoas e eu numa salinha. O data-show tava uma merda e dois caras não entendiam nada do que eu falava. Estou até surpreso que os caras não tenham dormido! Mas valeu, acho que os objetivos foram atingidos e ao menos um multiplicador foi formado.

Lá em Cambará descobri que o pessoal queria que a reunião do outro dia (23/11 - Quarta) fosse em Sto Antônio da Platina. Por mim tudo bem, mas era melhor me avisar antes de fechar a conta no hotel!!!

Voltamos a Sto Antônio, nova entrada no hotel e o quarto 107 já era! Tive que ficar no 103 numa caminha de anão. Pois é, a cama parecia a do Dengoso da Branca de Neve, mas tudo bem ainda!

Dia seguinte reunião padrão, nada de mais exceto pelo data-show de merda. Acabamos cedo, por volta das 16:00 e fui para o hotel. Nada de mais. O hotel tem piscina, mas eu não tinha sunga e acho que não ia ficar bem nadar pelado.

Na volta o ônibus sairia por volta de 05:15 da madrugada. Acordei 04:30. Queria acordar meia hora mais cedo pra tomar um belo banho, mas o cara da recepção esqueceu de mim, é mole?!?!?!?! Sorte que o taxista chegou antes da hora e lembrou o fualinho (na verdade fulanão - o cara deve ter uns 200kg) de me acordar.

O ônibus só saiu ás 06:00. Tudo bem, estava vindo de Santo Ângelo-RS. Viagem de volta, tudo bem. Sentei em minha poltrona à janela e um cara sentou ao meu lado. Cheio de poltrona vaga no busão o cara insistia em ficar do meu lado. Deve ser gay, sei lá, pra gostar tanto assim de ficar do ladinho de outro homem. Saí do meu lugar puto com o cara e fui caçar uma poltrona vazia pra mim enquanto o "viadinho" se acomodava à janela, no meu ex-lugar. Quando o ônibus parou em Marília entrou outro cara e se sentou ao lado do fulano gay. Pô! Se eu estava na poltrona 5 e esse cara de Marília na poltrona 4, a poltrona da bichinha nem era ali! Que cara mais folgado! Fiquei mais puto ainda com ele. Mas tudo bem, ficar com raiva envelhece.

Dormi quase que a viagem inteira. Na hora do almoço em São José do Rio Preto, pedi um sanduíche natural que estava numa embalagem na prateleira. Peguei o dito cujo e vi que estava muito leve. Ao abrir a embalagem era só isopor!!!! Pois é, o cara que me atendeu era novato e não sabia que ali só tinha mostruário do sanduba natureba. Pegou o sanduíche no local certo e me serviu.

Depois disso tudo cheguei a Uberlândia. Ainda não vi meu môr, mas nos veremos amanhã ao acompanhar o marceneiro em mais um dia montando os armários do apartamento.

Pois é, mais uma ida, mais uma volta, mais uma história, mais uma viagem; uma viagem ao centro de mim.

Ps.: Por falar nisso li "Viagem ao centro da Terra". Um clássico de Júlio Verne. Vale a pena. Muito legal...

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